A lâmina brilhava-lhe na mão, nos próprios olhos como mil sóis.
Acariciou-a... primeiro o cabo, depois a lâmina que a enlouquecia, perturbava mas pela qual ansiava... com os dedos, depois com a língua que lhe ardia na boca. O sangue quente brotava em pequenas gotas aquecendo-lhe as mãos, a pele, fazendo-a desejar tudo e nada num segundo.
Cravou, devagar e com toda a volúpia e luxúria do seu sangue, a brilhante e afiada lâmina no peito, estremeçendo de prazer, por partir e por senti-la deslizar dentro cada vez mais fundo em direcção ao coração cada vez mais acelerado.
Um grito vindo de toda e cada fibra do seu corpo soltou-se... soluçou uma última vez e perdeu os sentidos. Sentia-se flutuar até aquele preciso instante antes de fechar os olhos para o vazio em que a tomou o pânico. Não fazia mal, estava feito...
Acordou em suor
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