Por quem fomos, por quem fui, e tu nunca foste... por não teres sido... por não teres amado... por não teres sentido... meus sentimentos, mas não os sentidos, uso-os como moeda de troca, em busca do que não me deste, daquilo que me conseguiste até roubar com as tuas palavras, com teus gestos, com o teu ardil. Meus sentimentos... que são senão prostitutas nesta vida ignorada, insegura, insaloubra... larga-me!, larga-me as entranhas, pára de me gelar o sangue a cada suspiro da alma.
Perdi-me... ou talvez tenhas sido apenas tu a perder-me, de ti, de mim, do mundo... nunca entendi, porque me seguras ainda, com garras e dentes, a ti, e não me libertas do tormento imcomparável, imparável, que é ter-te a correr nas minhas veias como sal, como sal que queima a terra à sua passagem, não permitindo nunca que a vida dela renasça...
Diz-me... adeus, amor, adeus... diz-mo! por tudo quanto existe neste mundo e no outro que se segue ou, por mais que sangre e chore, não conseguirei nunca tirar-te das minhas veias, de meu peito...
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