Deixa-me, coração ignóbil, malfeitor... deixa-me em paz e sossego que não consigo dormir com o teu som de bater incansável. Só bates quando não deves, só me fazes sentir viva quando não era suposto, só amas quem te quis matar à fome de amor. Recusas a mão que te alimenta, mordes quem te quer, cospes em quem te merece e só amas quem não te merece.
Vai-te! Quero-te fora deste corpo, que é demasiado pequeno para nós dois, coração e cabeça... Vai-te, por favor, que não quero lutar contigo pois sei que não te conseguiria vencer. Vai-te, por favor, vai para longe. Não te esqueças nunca que somos como um, por isso escreve, conta-me as tuas façanhas em mundos esquecidos, lembra-me de vez em quando que já estiveste em mim para me fazer viva, pulsante, quente de sangue a correr em mim, mas não deixes de ir pois se não te tiver não posso te saudades, nem tuas, nem de ninguém.
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