sábado, outubro 25, 2003


Não fujas... não fujas da tua vida, dos pesadelos, não optes pela saída mais fácil ou pelo caminho mais curto.
Fica, aqui, comigo, nos meus braços, no meu coração. Aconchega-te em mim, eu protejo-te com carinho e doçura como nunca antes ningué te guardou...
Fica, aqui, não vás para longe que sinto a tua falta, falta do teu peito, falta dos teus braços que tão suavemente me rodeiam.
Não queres ficar? aqui? dentro do meu coração e da minha alma. Prometo que de mim ninguém te tira, que te protegerei e acarinharei como nunca ninguém fez... De certeza que queres fugir, acabar com a tua vida? preferes mesmo o descanso da negritude eterna? não devias, é um lugar frio em que nem mesmo o nada faz sentido e de onde nunca poderás voltar.
Fica, fica comigo... eu escondo-te nos meus braços que, se deixares, poderão nunca mais te deixar, dá-me a tua mão, ou as duas, deixa-me aconchegar-te aqui, naquele sítio que nunca se desliga pois comanda a vida, anda... está quentinho aqui dentro, sabes? e não é um local fechado, tem mil portas e janelas, é um porto de abrigo seguro se quiseres que o seja...

Sempre que não estás tenho saudades tuas...

Vem... vamos deixar que as nossas almas se enleiem, protegendo-se mutuamente do mundo.

É nos teus lábios que me perco e me encontro... é nos teus braços que sossego e me revolto... são os teus olhos que desejo e repudio...

Vem... abraça-me, beija-me, olha-me olhos nos olhos, detem-te nos contornos de nós dois...
Vem... vem amar-me, vem ser estando, porque não há pior que ser e não estar ou estar e não ser.

Acaricia-me a pele, beija-me os lábios... possui a minha alma...