terça-feira, dezembro 06, 2005


Por vezes sinto ainda o teu cheiro colado no meu peito, as tuas mãos no meu corpo, os teus beijos na minha alma.
Vou ter, de novo, que desligar o coração, apagar de mim tudo aquilo que fomos, aquilo que poderiamos ter sido não tivesses tu abandonado tudo o que sou e te dei por inteiro...

Se os meus beijos, as minhas carícias não tinham já o fulgor de antes, não era por não te amar mas antes porque tudo em mim gritava que algo estava errado, que também tu e os teus braços não tinham o calor de antes, não tinham já o amor que me juraste ser eterno e o qual acreditava piamente ser verdadeiro e meu.
Fugiste, não sei quando nem para onde, talvez para os braços de outra, e deixaste-me. Sem teres coragem para mo dizer julguei-te ocupado com a vida tão mais cheia que a minha pelas responsabilidades deste mundo em que ambos entrámos, embora separados e diferentes.