Nunca pensei como seria viver sem medo de te perder. Olho agora para trás, para aquele medo, aquele terror que me consumia, veias, carne e tudo e vejo, agora, com clareza que nunca te perdi nem te perderei passámos apenas para a próxima fase, para o patamar em que o encantamento nos chama de longe, nos mostra em sonhos que não somos dois, somos somente um espírito dividido em duas caracaças caminhando para a descoberta, para na hora da morte, onde seremos unos outra vez conhecendo um pouco mais do mundo e de nós mesmos.
Às vezes, na minha pobre condição de corpo perecível, tenho pena de não nos podermos juntar, alma e corpo, neste mundo terrível de mágoa e solidão mas depois, quando a noite cai sobre mim, sinto-nos em uníssono... os teus braços, a tua pele sobre a minha e descanso então no veludo carmim de seres em mim.

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