sexta-feira, novembro 25, 2005


Adeus...
Já gastámos as palavras... já gastámos os gestos, os carinhos, os olhares...
Tenho medo... todo o mundo se abre para me abraçar. Um rodopio de mil cores, mil rostos me rodeiam, que me tocam todos os dias ao de leve como a asa de um anjo. Alguns ferem, queimam e me quebram com feitiços e ladaínhas... os outros, aqueles que carrego dentro no coração transformado ventre, acariciando-me, mordiscam-me a carne e a alma como se de um enlevo se tratasse. Alturas há em que, o desejo, aquele que de mais profundo existe, me dilacera a alma e me leva a querer deglutí-los (aqueles que povoam por dentro sem o saber), devorá-los carne e espírito, ser una e indivisa...

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