quinta-feira, abril 29, 2004


Dá-me uma razão apenas para não te esquecer... caso não a dês não haverá nada no mundo que recupere o meu amor por ti.
O meu amor por ti é verdadeiramente muito forte mas a razão ainda mais o é. Engole o teu orgulho, por uma vez, ou entao perder-me-ás nas brumas do esquecimento eterno...
Não preciso que me dês nada senão um gesto, um olhar, uma razão para não te apagar para sempre de dentro de mim... não preciso que caias nos meus braços de repente, preciso apenas que sejas capaz de me fazer perceber que não tenho de te apagar, que só tenho de desligar o coração durante algum tempo, que talvez um dia a vida nos sorria e nos dê uma hipótese de sermos felizes, juntos, respirando o memo ar...
Não te imploro, peço, pois também tenho orgulho e alguma réstia de honra em mim... Peço-te com jeitinho, com carinho e doçura, porque hoje ainda te amo, para me dares uma única razão, um único argumento aue demonstre ao meu espírito, já tão cansado e amolecido, que afinal ainda vale a pena esperar por um dia, em que possa ser feliz do teu lado...
Por favor não me deixes partir, porque se for, é porque nada mais me prende a ti, hoje e para a eternidade... por favor, não me deixes desistir, se o fizer não há volta e não sei viver sem te amar. Eu sei, é certo que tudo se aprende, mas preferia não ter de deixar de te amar, preferia não ter de deixar para trás a esperança de um dia poderes ser meu, só meu e eu só tua, sem restrições, sem inibições, sem recalcamentos, sem cobardia em assumir aquilo que somos, aquilo que significamos.

Renuncia ao meu amor, cobarde, limpa-me a alma da tua marca e não haverá qualquer outra referência ao que um dia senti...

sábado, abril 17, 2004


Deixa-me, coração ignóbil, malfeitor... deixa-me em paz e sossego que não consigo dormir com o teu som de bater incansável. Só bates quando não deves, só me fazes sentir viva quando não era suposto, só amas quem te quis matar à fome de amor. Recusas a mão que te alimenta, mordes quem te quer, cospes em quem te merece e só amas quem não te merece.
Vai-te! Quero-te fora deste corpo, que é demasiado pequeno para nós dois, coração e cabeça... Vai-te, por favor, que não quero lutar contigo pois sei que não te conseguiria vencer. Vai-te, por favor, vai para longe. Não te esqueças nunca que somos como um, por isso escreve, conta-me as tuas façanhas em mundos esquecidos, lembra-me de vez em quando que já estiveste em mim para me fazer viva, pulsante, quente de sangue a correr em mim, mas não deixes de ir pois se não te tiver não posso te saudades, nem tuas, nem de ninguém.

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