De novo as páginas em branco, leito das nossas loucuras... minhas e de vós palavras, minha eternas e juradas amantes. De novo as palavras sussurram o meu nome, as folhas chamam-nos para dentro delas...
Lugar secreto para mim, a folha virgem, imaculada, onde me perco e me encontro, na esperança de um dia ter voz para contar a quem de direito aquilo que fica preso no fundo da garganta.
De novo... o medo... a angústia... a incerteza no amor incondicional, nos gestos que esperamos uma vida inteira para dar e receber e a certeza do amor construído, falado, discutido e no final do dia sempre renovado.
Como começar... como começar uma conversa adiada anos a fio... como dizer aquilo que tem de ser dito antes que seja tarde demais, se não o for já. Como seguir com uma vida nova se a antiga ainda não teve sossego, descanso ou solução... Como começar de novo sem perder aquilo que sempre temi não ser meu por direito.
Sinto-me a dar os primeiros passos mas a hora não chega, o medo é mais que demais e a dúvida companheira de sempre...
Sozinha mesmo acompanhada, morta mesmo com um coração pulsante...

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