domingo, junho 10, 2007


Vejo-te no fumo, vejo-te na luz do Sol poente... Vejo-te... vejo-te mas não te tenho minha...
Queria abrir-te o meu peito, mostrar-te a luz que brilha por ti e me mantém acordada nas noites em que sonho dias que não posso ter...
Afogar o meu medo nas tuas lágrimas... afogar o mundo que nos prende no riso de sermos, sentirmos e estarmos, em uníssono como se não houvesse tempo nem tempos...
Matar a minha dor com a tua... beijar a tua pele como se fosse a tua alma, os teus dedos de sangue e lágrimas no meu peito feito água e sal...

Quando te olho a mente divaga, perde-se e reencontra-se sem nunca sair do sítio, toco-te no pensamento e desfaço-me em lágrimas que já não consigo conter...

Afasto-te sem querer, com medo que as minhas lágrimas te queimem a pele como me queimam a alma...
Espero-te na porta do meu coração com a chave ao peito mas tu não vens... não vens porque te fiz doer a minha dor... não vens porque te fiz pensar, sem querer, que a porta estava fechada...
Não percebo o medo, a angústia de não te ter se estás do meu lado, talvez até com a chave do teu num sítio onde a descobriria não fosse a dor que me cega sem razão...
Quero-te sem te poder querer, pelo mundo, pelo que ainda carregas dentro, pelo que um dia me magoaram...

Etiquetas: