Ele tem razão, sei agora que tenho de fazer o luto, de chorar por ti na campa do meu peito, por aquilo que nunca foste nem nunca serás.
O tempo passa por mim mas não és tu quem encontro quando entro em casa, não és tu quem me aquece o peito e a alma com carícias...
Que vida para além de ti...? em ti já nada é vivo, já nada clama pelo meu sangue carmim e pelo meu peito... que vida para além de ti perguntas... que vida em ti, pergunto eu...
Lágrimas? gastei-as eu aos milhares... dias? meses? esses passam e continuo aqui, prostrada diante daquilo que quis ser em ti, prostrada diante daquilo que fomos em mim...
O choro já não é visível, as lágrimas já não correm... morreste em mim no que fui, ausentaste-te da tua própria carne como quem foge a um leproso...
O perdão? esse dei-to apenas a ti pelo que te senti em mim... Chorar mais um pouco talvez, sobre as cinzas de onde nunca renascerá o que apenas morte tinha em si.
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