quarta-feira, abril 20, 2011

Rescue Me (Let Your Amazement Grow)

Yeah, I wanna have the dream
and I wanna see you cry
I wanna feel your body
and I wanna get closer
gotta rescue me, rescue me, rescue me,
let me have a good time

And I wanna see you laughin
and I wanna feel rain
I wanna get inside you
and I wanna feel pain
You gotta rescue me, rescue me,
rescue me, let me have a good time

And I wanna feel you movin and
I wanna feel good
I wanna feel your love for sure

let your, let your, let your amazement grow
let your, let your, let your amazement grow
oh whatever you do, I can't leave you
dont ever let me go, dont ever let me go

Yeah I wanna be hungry
and I wanna ask why
I wanna be dreaming
and I wanna satisfy
You gotta rescue me, rescue me,
rescue me, let me have a good time
and I wanna be loved
and I wanna be high
I wanna feel you touch me
and I wanna hear you sigh
You gotta rescue me, rescue me,
rescue me, let me have a good time
And I wanna feel you movin
and I wann feel good

I wanna feel your love for sure
let your, let your, let your amazement grow
let your, let your, let your amazement grow
oh whatever you do, I can't leave you
dont ever let me go, dont ever let me go

let your, let your, let your
let your, let your, let your
let your, let your, let your amazement grow
let your, let your, let your amazement grow
oh whatever you do, I can't leave you
dont ever let me go, dont ever let me go


Bell Book & Candle


segunda-feira, fevereiro 14, 2011


No início, apenas dois estranhos que cruzam caminho... a coberto da noite sem luar, num espaço que existe apenas naquele instante nas suas mentes, tocam-se ao de leve... Tocam-se como quem tem medo de estar, como quem precisa de autorização para ser.
Ao primeiro toque, tão inseguro, tão cheio de medos e sonhos perdidos, seguem-se outros mais sôfregos, mais sofridos, menos contidos. Num bater de asas de um rouxinol a barreira quebra-se, despidos que estão os amantes de si mesmos, das barreiras impostas pela realidade e pelo tempo que correm loucos lá fora, tão longe do abraço terno e doce, violento e cruel, na certeza de que é apenas uma questão de tempo do tempo entrar pela porta da consciência e do medo e gelar os corpos até então quentes do sorriso da pura felicidade.
Os dedos, as línguas, as próprias palavras, lançadas inocentemente na calada da noite são como dardos venenosos que dilaceram a carne tenra e macia dos enamorados incautos, deixando a alma exposta apenas por um instante, não mais que por um sublime e rápido suspiro de prazer e entrega.

A luz da manhã desponta... os amantes, até então entrelaçados, acordam estremunhados, cegos pela luz do novo dia, feitos surdos da chegada do tempo, da hora, do instante de voltar à rotina, do voltar aos dias cinzentos em que estão cegos e surdos e onde o sorriso é apenas uma miragem, é apenas uma ilusão que existe somente no instante em que os corpos se voltam a unir.

...

Com a noite, regressa o frio da cama vazia... regressa o espaço em branco que deixas sempre que não estás (ou não és) junto de mim, por entre os lençóis de cetim negro, escolhidos com a alvura de quem não sabe que ama, de quem acredita sentir apenas a nostalgia do sabor guloso, voraz, metálico de sangue, acre, suave e melífluo de um beijo suave quando as luzes se apagam lá fora.

...

A tua carne quebra na cadência do meu toque, sinto na tua pele a energia do encontro com a mão que te acaricia a rosto... a dor da busca frustrada do ardor que agora te consome de dentro para fora, está ainda latente nos teus olhos quando me olhas na escuridão, com a esperança de não seres visto como o ser danificado que és, escondido na dor que ofereceste a ti mesmo e com que te banqueteaste sozinho durante anos...

terça-feira, fevereiro 01, 2011



toca-me com a ponta do indicador apenas...
toca-me os lábios, pede-me o silêncio ensurdecedor que me consome de dentro para fora...

...

“Os amores são para ser vividos, sonhá-los não basta. São para se consumir, até que morram, talvez, mas sem medo, com ganas, com desejo, com vontade, como se não houvesse amanhã, porque, em abono da verdade, ninguém pode saber se amanhã, (…) ainda cá estaremos, eu, tu, qualquer uma das pessoas que amamos.”


Margarida Rebelo Pinto

Etiquetas:

domingo, janeiro 30, 2011

"O Amor é o Amor"


O amor é o amor - e depois?
Vamos ficar os dois
A imaginar, a imaginar?

O meu peito contra o teu peito
Cortando o mar, cortando o ar.
Num leito
Há todo o espaço para amr!

Na nossa carne estamos
Sem destinos, sem medo, sem pudor,
E trocamos - somos um? Somos dois? -
Espírito e calor!

O amor é o amor - e depois?


Alexandre O'Neill

O envolvimento da alma


"O Caminho é quente, é paixão, mas se eu não começo o Caminho pelo início, ele nunca vai ser suficientemente quente.Como é que eu posso ouvir o perfume do meu ser se eu tenho esta inumanidade para comigo mesmo e para com os outros de estar constantemente a exigir coisas? Mesmo que eu exija com um sorriso, secretamente eu quero tirar um bocado daquela pessoa. E não há nenhum problema nisso desde que eu sinta, de facto, o perfume do meu ser. Aquilo que nos vai salvar da sombra de nós mesmos ou do grande monstro mundial é só um sorriso. No fim é um sorriso que te abre a porta para a 4ª dimensão porque é o sorriso da auto conquista, o sorriso dos Budas, o sorriso da suprema refinação do ser, de um refinamento psico-afectivo profundo em que tu vais trazendo todo o teu ser para próximo do diamante e doa-lo ao mundo, depois trazes e doas ao mundo, trazes e doas, e o resultado desta alquimia, deste ir e vir, é um sorriso que os grandes seres reconhecem instantaneamente.
Este perfume tem que vir ao de cima e tu começas a perceber que é tudo tão precioso em ti! Quando é que o Universo vai fazer outra vez um ser como tu? Pode fazer um melhor mas um tão tosco/tão sublime como tu nunca mais consegue!(...)Há seres para os quais é muito importante recolherem-se em si mesmos até que o perfume comece a transpirar e esse perfume é o pacto eterno da alma pela personalidade, e quando tu consegues que esse perfume preencha toda a tua coluna... em termos psicológicos o que é a coluna vertebral? As nossas colunas estão rachadas pela base, porque tivemos infâncias difíceis, ou porque fomos parar a uma estúpida de uma incubadora e alguém desligou o interruptor, ou porque foi violado aos 4 anos, ou porque o pai tinha um complexo de autoridade... a pessoa não se esquece!Esta coluna psicológica está toda em ruínas mas se um indivíduo consegue sentir o perfume, atravessar estas malhas todas, isso implica uma câmara. Neste momento ninguém se consegue perceber a si próprio se não for para dentro de uma cápsula....estas forças radiantes que nos animam e que nos dão a sensação de sermos amados, a doçura de uma alma que está aqui servindo e acompanhando a personalidade, sofrendo connosco. A alma tem uma parte na eternidade e uma parte no tempo. A parte que está no tempo está constantemente vibrando o Paraíso dentro do teu peito e sentindo as desfasagens entre a imagem da cidade celeste dentro de nós e os incríveis desfasamentos que a realidade socio-cultural é em relação a essa imagem sagrada, e o nosso psíquico sente todas essas dores!
Enquanto nós não conseguirmos sentir a doçura, o compromisso, o envolvimento da alma connosco, nós vamos para o mundo com uma fome que não tem fim. É eu criar um espaço dentro de mim, inviolável por qualquer opinião alheia, em que eu aprendo a subtil arte de me amar a mim mesmo. Isto tem muito a ver com a energia de Shamunah que é uma força de amor, dourada, comprometida com o casamento entre a personalidade e a alma. É um casamento na criatividade, no erótico, na doçura, na arte e na responsabilidade perante os outros. Isto é a primeira fase da acção dele, depois ele pega nisto e leva o indivíduo para o casamento com o corpo de luz e depois, até ao casamento com o fogo sagrado na mónada.
(...)


Excertos de "André Louro de Almeida"
Publicada por Rosa Leonor

quinta-feira, janeiro 06, 2011

XI

Quando estás ao pé de mim
cerro os olhos
para te imaginar
na extensão dum lago límpido
onde os riscos das flores
enfeitam a cólera crispada
de existires sem corpo...

Depois...

Ah! estou tão farto de suor mental!
E tu cheiras tão bem
a pele natural.


José Gomes Ferreira
in Poesia III

Sozinho

Às vezes, no silêncio da noite
Eu fico imaginando nós dois
Eu fico ali sonhando acordado, juntando
o antes, o agora e o depois
por que você me deixa tão solto?
por que você não cola em mim?
Tô me sentindo muito sozinho!

Não sou nem quero ser o seu dono
É que um carinho às vezes cai bem
Eu tenho meus desejos e planos secretos
só abro pra você mais ninguém
por que você me esquece e some?
e se eu me interessar por alguém?
e se ela, de repente, me ganha?

Quando a gente gosta
é claro que a gente cuida
fala que me ama
só que é da boca pra fora
ou você me engana
ou não está madura
onde está você agora?

Quando a gente gosta
é claro que a gente cuida
fala que me ama
só que é da boca pra fora
ou você me engana
ou não está madura
onde está você agora?


Caetano Veloso


terça-feira, novembro 09, 2010



Build a bridge to your mind
Takes me there everytime
Lay it all on the line
There's a way
Build a bridge, make a path
Overlook the aftermath
Make my tears be your bath
There's a way
Only if you take a ride
Go with me to the other side

Even though it's gonna crumble down (gonna crumble down)
I'll keep building 'til you come around ('til you come around)
Even though it's gonna fall apart
Break my heart (break my heart)
I'll keep building 'til I die

Build a bridge of memories
Stretch it out overseas
To the end of the world
There's a way
Build a bridge made of pain
Send my longing down the drain
Have no reasons to complain
There's a way
Only if you take a ride
Go with me to the other side

Even though it's gonna crumble down (gonna crumble down)
I'll keep building 'til you come around ('til you come around)
Even though it's gonna fall apart
Break my heart (break my heart)
I'll keep building 'til I die

Wait...wait for me...
Wait...please wait for me...
Wait...wait for me...
Wait...please wait for me...

Even though it's gonna crumble down (gonna crumble down)
I'll keep building 'til you come around ('til you come around)
Even though it's gonna fall apart
Break my heart
I'll keep building 'til I die

Even though it's gonna crumble down (gonna crumble down)
I'll keep building 'til you come around ('til you come around)
Even though it's gonna fall apart
Break my heart
I'll keep building 'til I die


Limp Bizkit
in Results may vary

sexta-feira, agosto 06, 2010


Nem sempre temos a sorte de poder escolher, das bênçãos que a vida traz, quais aceitar... Nem sempre podemos ter como certo aquilo que sabemos nosso, aquilo que o Destino tem marcado no nosso caminho... A vida oferece a todos as suas bênçãos, os seus pontos de viragem, mas apenas o Eu pode escolher quando lhe é apresentada a oportunidade...

quinta-feira, agosto 05, 2010


As Visões deram-me o rosto do nosso filho... Vinham sem pedir e nelas via-nos felizes, completos por nos termos um ao outro e um filho, o teu maior desejo, para ti e para nós...A Visão a ti deu-te a minha imagem, grávida e feliz, daquele que sabias ser o nosso rebento, o fruto da nossa união que à tanto tentam contrariar... Deu-te a certeza de que apenas eu poderei ter aquele que sabes desde sempre ser o teu filho prometido... O medo gelou-te as veias e nunca mais me olhaste nos olhos... Será tarde demais para te pedir que aceites a bênção de saber que só estaremos completos quando formos novamente um só?

quinta-feira, julho 15, 2010


O medo gela-me o peito, as palavras afogam-se na doce ternura do teu olhar...
O que fazer quando todas as fibras do meu ser me gritam "salta!" mas o medo de te perder é tanto que não consigo sequer dizer que te quero?

Se olhares para os meus olhos com atenção, verás um aquário de água salgada onde nadam as memórias... onde nadam as esperanças de um dia poder voltar a dizer "nós" e ser e estar contigo... perco-me no teu olhar quando finges que não vês e, naquele pequeno instante apenas, em que não existem barreiras sinto-me eu mesma e vejo em ti a força de um homem bom, do homem que quero para mim, para partilhar a vida...


Etiquetas:

sexta-feira, junho 11, 2010

Claudia - Deixa eu dizer

quinta-feira, abril 22, 2010


Foram tantas as vezes que chorei por ti, tantas as vezes que gritei o teu nome no silêncio do meu ser, tantos os quem me dera que o tempo voltasse atrás... Tantas as vezes que esperei por ti na negritude da noite, que já nem chorar sei, já nem a minha dor expressar sei... Talvez um dia as nossas almas se voltem a reunir, talvez um dia voltemos a ser um, como fomos tantos instantes...
Talvez um dia... Ou talvez um dia perceba que afinal o que sinto falta está apenas perdido dentro de mim... Escondido do mundo cruel que criei em mim mesma...

segunda-feira, dezembro 28, 2009

"Adeus"


Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus.


Eugénio de Andrade