Entraste na minha vida sem pedir licença, deixei-te entrar sem me aperceber, amei-te sem (te) querer e abandonaste-me sem pensar.
Agora, sinto-me só e desamparada como se nada no mundo pudesse calafetar o buraco que deixaste, como se o mundo fosse um deserto imenso ou uma selva profunda onde o único som audível é o do meu coração a bater em vão.
Não sei se aguento muito mais esta situação, fazes de mim o que bem te apetece. Quando ligas, mesmo com calor, começo a tremer e sempre que desligas as lágrimas começam a correr, a correr até a última cair e então, só aí, adormeço para acordar em suor, com o espírito cheios das imagens, dos pesadelos que me causaste, das lágrimas que já não posso chorar.
À muito pouco tempo atrás, tinha já aprendido a suportar a vida sabendo que nunca te terei mas, depois daquela quarta, isso mudou. Fizeste com que uma centelha de esperança se me acendesse no espírito e colocaste-me sonhos acerca de um futuro distante.
E agora? o que queres que faça? vou ter de recomeçar o meu caminho até às trevas para conseguir matar, de novo, a esperança e os sonhos.

0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home